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domingo, 18 de maio de 2008

Compasso

Que tempo é este que teima em se esconder,
Que diz de si o que não penso de ninguém...

Em que tudo gira em torno do nada,
Que se brinca, que se grita, que se salta bem fundo.

Que tempo raivoso, gritante; escuso em palavras; rico nas searas.
Que tempo estranho...febril.

Tempo de morte... tempo de vida... tempo do nada e do nada tempo.

Tempo, tempo, tempo.
Tempo que tenho, tempo que renuncio, Tempo que disponho sem nunca perguntar.
Tens tempo para mim?

Tempo do nada, do nada que é o tempo. Corre o vento; saltam as horas. Porque no tempo, é tempo de girar.

E o Mundo que salta; que pula sem brincar. Do tempo faz-se o nada. Faz-se o nada...sem nunca se falar.

E do tempo que passou, do tempo que virá. É agora, diz o tempo. Do tempo mandar passar...

Corre o tempo nas nossas vidas; passeia sem nunca gritar.
É tempo...é o momento. Vai-se a hora; salta a hora de pular.

E que grita, e que brinca e que sai sem nunca entrar.

Escorre o tempo; vai-se a vida... agora é a hora de falar.

Escreve-se na história. Na história do tempo. Salta o tempo; pula a hora. Vem o momento do estar.


Estou.



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