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domingo, 27 de abril de 2008

Um abraço...

Considero-me uma pessoa banal... que nada trouxe de novo a ninguém ou a alguém.

Mais uma entre tantas outras... que, em determinadas situações, não é nem outra, nem uma.

Mas há pessoas que, no meu coração moram...

...e a elas reservo o melhor do meu eu.

Julguei, muitas vezes, poder protegê-las. Julguei mal...

Mas se houvera desejo que pudesse concretizar... seria esse.

Poder proteger do Mundo as pessoas que do Mundo me protegem.

Sou de extremos, reconheço.

Quando gosto, adoro.

Quando adoro, amo.

Quando amo, protejo.

Quando protejo, realizo-me.


Existem pessoas que, por um ou outro motivo... por vários ou simplesmente por nenhum em particular, marcam a nossa vida de uma forma singular. Única.

Tenho pessoas assim na minha vida.

Pessoas pelas quais nutro o maior dos respeitos.

Pessoas pelas quais alimento um orgulho infindável.

Pessoas que são a luz da minha vida....


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sábado, 26 de abril de 2008

Há mesmo, mesmo dias assim...

Dias em que as horas demoram a passar....

Dias em que as saudades batem mais forte...

Dias em que o ar parece tão pesado ao ponto de nos custar respirar...

Dias em que há um peso no peito; uma dor na alma....

Dias em que recordamos os outros dias...

Dias em que as memórias de um tempo que já passou e que já não nos pertence, nos preenche o vazio de uma ausência...

Dias estranhos; Dias sofridos...

Dias roubados pela inocência de uma decisão...

A decisão de recordar...

A decisão de olhar para trás... recordar com carinho cada momento de cada segundo.

Recordar o olhar prolongado durante um jantar ou conversa...

Recordam-se as conversas... as memórias recordadas nessas conversas... sorrio e recordo o sorriso... a piada do momento... a piada...

A piada que hoje já não tem graça porque recordada em tristeza. A tristeza de uma piada que, sem graça, nos alegrou o momento. O momento vivido num segundo, recordado num dia...


Há dias assim...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Empate a duas vitórias...



Ontem senti-me bem...


…tinha sido o aniversário da Ana e o pessoal da Empresa resolveu preparar-lhe uma surpresa.



Apesar de termos tirado curso parecido na mesma cidade ainda que em escolas diferentes, nunca tive o prazer de a reencontrar em situação que propiciasse uma conversa mais do que casual - daquelas que se mantêm com quem não se conhece ou se conhece pouco.


Creio que voltei a cruzar-me com ela umas quantas outras vezes em Viseu... Sempre ao longe... sempre distante... sempre envolta em conversas casuais...


Estão a fazer 5 meses que a reencontrei.

Era o meu primeiro dia na V* e fora toda a responsabilidade que sentia, por motivos que agora não vou falar, o pânico do 1º dia de trabalho envolvia-me numa miscelânea de sentimentos controversos; agitados. A embaraçosa panóplia sentimentalesca era de tal ordem desconcertante que quase me fazia parecer… calma.


Seja…


Primeira mesa do Gabinete enorme e completamente atolado em pessoas, mesas e tra-ba-lho(!)... lá estava ela.


O meu primeiro rosto conhecido.


Não pude deixar de esboçar um sorriso, arremessar-lhe dois beijos e pensar: “Ainda bem.”


Durante o jantar de Aniversário mostrámos um vídeo sobre a passagem dela pela V*.
Fotos, muitas fotos com os amigos para que, um dia mais tarde, ela se possa lembrar dos rostos, a essa data, já enrugados pela triste sina da velhice... sim, vamos envelhecer...


Não satisfeitos com a surpresa idealizada, resolvemos oferecer a vitória do Sporting sobre o que "fica bem" ou versa-vice.


Pois bem... se as lágrimas se soltaram na última nota do Dr. Zhivago de Ludovico Einaudi o mesmo não se pode dizer da escusa e reticente lágrima que teimou em não cair no último rugido do Leão.


Empate a duas vitórias... ganha a Ana e os meus Leões.


A Ana é miúda extraordinária e carrega consigo o antagonismo dos sinónimos...


Não é alta.... mas é grande. Muito grande...

É bastante tímida... mas muito extrovertida.

É de uma simplicidade apenas esbatida pela sua singularidade.


A Ana é igual a tantas outras mas diferente de cada uma.


Espero que ela se tenha dado conta do enorme carinho que todos e cada um dos seus amigos tem por ela. Ela merece...


A amizade é tudo.

Parafraseando-me a mim mesma:

“(a amizade) ganha asas… dá-nos asas. Voa e faz-nos voar.”

Se há 5 meses atrás dei comigo a pensar “Ainda bem…“ hoje era capaz de o dizer a voz alta: “Ainda bem, mesmo!”


Ontem senti-me bem porque me senti em casa.

Porque pude participar...

porque pude fazer parte...

porque pude ver o sincero reconhecimento nas faces rosadas e nos húmidos olhos de quem merecia mais... muito mais.



quarta-feira, 2 de abril de 2008

Coimbra... sempre e só coimbra





É ao som de Carlos Paredes e os Belle Chase que, muitas vezes, choro a tristeza de uma despedida...

Coimbra, mais do que uma cidade, é palco de muitas e grandes amizades.

Dizem que não há ano em Coimbra, como o primeiro e o último.

O primeiro por todas as novas experiências que se vivem; pelas responsabilidades que nos imputam; pela vida boémia e errante que não conhecíamos, pelas pessoas que encontramos, pelas descobertas que fazemos, pelas loucuras que cometemos.

O último pela intensidade com que tentamos racionalizar as experiências que se viveram, pelas responsabilidades que nos imputaram, pela ida boémia e errante que conhecemos, pelas pessoas que encontrámos, pelas descobertas que fizemos, pelas loucuras que cometemos.

Mas não é possível racionalizar... não é possível quantificar, desmistificar, condensar, juntar.
Só guardar... com carinho; prender... no coração.

Aos meus amigos, a quem tudo devo... o meu momento de homenagem.

terça-feira, 1 de abril de 2008

April's Fool

Dia 1 de Abril - Dia das mentiras

Em 1564, o Rei Carlos IX de França determinou que o Ano Novo seria festejado a 1 de Janeiro e não a 25 de Março como até então.

Estas festividades duravam uma semana, coincidindo o seu término com o dia 1 de Abril.

Com estas novas mudanças, alguns populares mais determinados (vá lá... casmurros!), continuaram a festejar a entrada do Ano Novo a 1 de Abril, tornando-se este dia no famoso "Dia das Mentiras"; "April's fool day"; "Poisson d'abril".

Seja, trata-se de um dia dedicado às mentiras, ao invés da casmurrice ou determinismo.

Toma-se por brincadeira a mais singela e inofensiva mentira; relevam-se também todas as outras que, sob esta desculpa, são contadas.

Meio Mundo celebra o seu dia. O dia dos mentirosos.

Há quem faça deste dia, um mês; um ano; uma vida.

Hoje tudo é permitido. E amanhã?

Amanhã desmentem-se as façanhas verdades;

Tristes dos mentirosos compulsivos (os assumidos, claro está) que neste dia se vêem a braços com concorrentes de enorme calibre.

Ele é Políticos; Médicos; Contabilistas; Media; raios até o Padeiro nos mente!

E o covil; o antro; a escola de todas as mentiras... a família!

O esposo que chega tarde de "uma reunião";

A esposa que esteve no ginásio a "fazer exercício";

O filho que se gravou mais uma tatuagem;

A filha que começou a fumar;

Mas hoje tudo é permitido porque, sob a forma de mentira, vão contando as verdades...

Um dia...

Um dia...

Num desses dias, festejaremos o dia das verdades...